ARQUITETURA E ARTE SACRA , EMBALAGENS , IGREJAS , LOGOTIPOS

04 julho, 2019


A igreja, edifício, como imagem da Igreja, assembleia, deve ser visualizada e vivenciada como imagem viva, moldada pela liturgia, é por ela mesma, mistagógica para orientar, educar, conduzir e introduzir as pessoas no mistério da Páscoa de Cristo que celebramos.

«O Altar é Cristo, é o lugar do mistério pascal, onde tudo converge para o altar e tudo flui como rios de água viva desse altar, pois aí é selado o mandamento novo, o memorial eucarístico».[1] «O altar é o centro e o coração do Corpo Místico. Ele dá testemunho silencioso do encontro e da aliança selada entre Deus e os homens. É o altar que dá razão ao espaço celebrativo e sacraliza tudo e todos que o envolvem».[2] Na construção ou na adaptação do espaço litúrgico a assembleia dos fieis deve estar disposta como povo reunido, “ao redor” do altar, como uma comunidade que atende ao culto dialogal e facilita esse diálogo, com o olhar um ao outro, o ouvir e o obedecer.

 Os espaços das igrejas devem induzir os fieis a mergulharem no mistério que é Cristo, a descobrir que há algo muito além do simbolismo manifestado no altar, no círio pascal, nos ícones, nas imagens existentes no ambiente. Cada elemento e cada desenho deve ser pensado e guiado para remeter a pessoa àquilo que não se elucida, que não se vê, o Mistério.[3]


[1] PASTRO, Cláudio. Guia do Espaço Sagrado. 3. ed. São Paulo: Loyola, 1999. p.60
[2] Ibid., p. 68.
[3] Cf. PARO, Thiago Aparecido Faccini. O Espaço Litúrgico como experiência Mistagógica. Pensar Plural: Liturgia. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 44, n. 3, p. 387.