ARQUITETURA E ARTE SACRA , EMBALAGENS , IGREJAS , LOGOTIPOS

10 maio, 2019


Espaço litúrgico: Imagem da Igreja


A compreensão da analogia espiritual do espaço litúrgico se dá pela acuidade espiritual do espaço do culto, onde a assembleia é definida como lugar teológico do autêntico culto espiritual. Nesse sentido, conforme apresenta o homem sempre necessitou de espaços e lugares distintos para melhor se relacionar com o transcendente, com o invisível, com o mistério. O espaço para se encontrar com Deus em assembleia, para ler a Sagrada Escritura e celebrar a Memória do Cristo Ressuscitado é chamado pelos cristãos de espaço litúrgico.[1]
 «A Igreja nunca considerou um estilo como próprio seu, mas aceitou os estilos de todas as épocas, segundo a índole e condição dos povos» (SC 123),[2] respeitando a construção, reforma ou adaptação do espaço litúrgico nas diversidades culturais, tecnológicas e socioeconômicas e na «arquitetura vernacular»,[3] em relação as diversas linguagens arquitetônicas de acordo com o seu tempo, em relação a volumetria externa e ao espaço litúrgico. E sempre, com o desafio de construir a igreja, como edifício, à imagem da Igreja, dos fieis cristãos, principalmente onde «a disposição geral do edifício sagrado seja tal que ofereça uma imagem da assembleia reunida» (IGMR 257).[4]
O espaço litúrgico é tomado de significados pascais e seu formato deve ser pensado a partir disto. Nesse sentido, a Igreja local é a porção do povo de Deus (SC 26 e 41),[5] a qual é a Igreja universal, que é a expressão concreta do Corpo de Cristo, que se realiza na igreja local. O mistério, o invisível, para os cristãos, manifesta-se na pessoa de Jesus Cristo, representado no espaço litúrgico pelo altar. Este é o centro da igreja e Igreja, como mesa do Senhor e altar do sacrifício, presente no meio da assembleia, que é o próprio corpo de Cristo.
Um espaço de silêncio, acolhimento e encanto nos ajuda a penetrar o Mistério através de uma arquitetura, onde toda a arte não se impõe mas convida o fiel a mergulhar nas sutilezas do Espírito, sentindo ele mesmo como um fio suspenso entre a imensidão do Absoluto e o abismo do nada.[6]
Por conseguinte, Cristo Igreja, os quais são os fieis cristãos, deu ao edifício que a abriga o seu próprio nome, porque quis fazer dele a sua imagem. A construção ou adaptação do espaço celebrativo para manifestar a imagem da Igreja deve ter como primeiro critério a assembleia dos fieis, como povo reunido “ao redor” do altar.
Nesse sentido, o edifício eclesial é uma Mistagogia edificada, onde «a disposição geral do edifício deve revelar-se de algum modo a imagem do povo reunido e consentir uma ordem capciosa, bem como a possibilidade de exercerem com dignidade os diversos ministérios».[7] A Igreja é espaço de encontro com Deus, porque é o encontro entre irmãos unidos num só corpo. As diversas disposições da Igreja, ou seja, da assembleia, são representadas a partir do formato da mesma no espaço litúrgico, como uma Igreja peregrina ou uma Igreja que abraça.
Assim, o Corpo de Cristo, a Igreja, é refletido no espaço litúrgico. O qual deve remeter os fies cristãos àquilo que não se explica, que não se vê: o Mistério, a partir da arquitetura sacra (iconografia, elementos litúrgicos, símbolos, cores, materiais, formas, perspectiva sonora e lumínica).
O espaço litúrgico deve revelar a imagem do Cristo ressuscitado, glorioso em sua totalidade, na assembleia e no presbitério, em proeminência no altar, onde o espaço em sua totalidade deve estar em função, a serviço da Mistagogia, em um só espírito, como imagem da Igreja em um lugar que irradia a fé.


[1] Cf. PARO, Thiago Aparecido Faccini. O Espaço Litúrgico como experiência Mistagógica. Pensar Plural: Liturgia. Teocomunicação, Porto Alegre, v. 44, n. 3, p. 382.
[2] CONSTITUIÇÃO Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia. In: CONCÍLIO VATICANO II. 1962-1965. Vaticano II: documentos. São Paulo: Paulinas, 1997.
[3] TEIXEIRA, Rubenilson Brazão. Arquitetura vernacular. Em busca de uma definição. Portal de Arquitectura Vitruvius. São Paulo, fev. 2017. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.201/6431. Acesso em: 08 jul. 2017. Interessa ao nosso trabalho conceituar o sentido do termo arquitetura vernacular: todo o tipo de arquitetura com características físico-espaciais em que se emprega materiais e recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída. Desse modo, ela apresenta caráter local ou regional.
[4] MISSAL ROMANO. São Paulo: Paulinas; Petrópolis: Vozes, 1992.     
[5] CONSTITUIÇÃO Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia. In: CONCÍLIO VATICANO II. 1962-1965. Vaticano II: documentos. São Paulo: Paulinas, 1997.
[6] COSTA, Pe. Valeriano dos Santos. O Espaço Litúrgico em sua sacramentalidade Pascal. Revista de Cultura Teológica 54 (2006) p. 49.
[7] PONTIFICAL ROMANO. Rito da Dedicação de uma igreja. São Paulo: Paulus, 2000. cap. II, p. 3.

09 maio, 2019

CAPELA MÃE DE DEUS






Um LUGAR  que leva BELEZA e alegria às pessoas felizes, e também consegue alcançar os desiludidos e tristes.

CAPELA MÃE DE DEUS 
                                                  Chácara Mafalda 
                                          Umuarama - Paraná - Brasil 

    Painel Iconográfico de Claudio Pastro com o direito autorais concedido pela        Ir. Martha Lúcia do Mosteiro da Paz, execução Alfanio Azulejaria  










CONGREGAI na unidade os que tem o NOME DE CRISTÃOS, para que o MUNDO acredite em CRISTO, O SALVADOR que nos enviastes.

08 maio, 2019

CAPELA SAGRADA FAMÍLIA - Paróquia Nossa Senhora da Luz Curitiba - PR;

“Assim, o céu é, frequentemente, encarado como o reino da perfeição e o objetivo da arquitetura sagrada é reproduzir esta perfeição na terra” (PIERS, 2002, p. 8-12).
Reforma
CAPELA SAGRADA FAMÍLIA - Paróquia Nossa Senhora da Luz Curitiba - PR;
Iconografia - Dom Ruberval Monteiro
Obrigada Rivaldo Vieira e toda a comunidade.